Eu tenho dificuldade para cobrar trabalhos. Sei que é uma coisa boba, especialmente se eu pretendo ser um profissional bem sucedido ou, ao menos, não morto de fome. Ainda assim, é algo que me ataca e me morde toda vez que preciso cobrar por um serviço. Tenho trabalhado como revisor freelancer, basicamente oferecendo correção ortográfica e normatização de artigos, monografias e agora dissertações. Antes de estabelecer um preço, pesquisei alguns valores na internet e cheguei a um que considero válido pelo meu tempo e que, ainda assim, é menor do que a média de mercado. Na verdade, é menor do que qualquer preço que encontrei na internet. Ainda assim, é mais do que eu pagaria pelo mesmo serviço.
Porém... eu não pagaria por isso simplesmente porque eu sei fazer. Quando paro e reflito sobre o que constitui o valor que eu cobro pela minha revisão, não posso esquecer que não estou colocando ali apenas as horas que gastarei para editar um texto em particular. Esse é um cálculo relativamente fácil de fazer. Outros fatores também entram em jogo: minha formação como jornalista, meu treinamento em uma editora não comercial, o cargo de coordenação e ensino de estagiários de criação, editoração e revisão em uma gráfica, bem como os caminhos que já percorri como um editor gráfico e, obviamente, os trabalhos anteriores como revisor freelancer.
Em 2012, planejo me estabelecer profissionalmente como um editor freelance. Tenho ciência de que ainda estou distante milhas de oferecer um serviço perfeito, mas veja só, pelo menos meu preço é camarada! Ou, digamos, mais camarada do que o de outros trabalhadores por aí que talvez sejam mais competentes que eu, ou quem sabe apenas mais ousados.
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