Acabei de ler um texto sobre falácias do antiveganismo (ou alfacismo). Não, eu não sou vegan ou vegetariano e ainda não encontrei um argumento que me levasse a ser. Sim, eu sinto pena dos animais sofrendo. Não, eu não estou disposto a sair do meu caminho para mudar isso, pelo menos não agora. O que ficou martelando meu cérebro durante a leitura foi o embate ético desenhado pelo autor, que defende os direitos dos animais e, aparentemente, essa é a razão que lhe motiva a não comer carne.
Lendo as falácias, percebi que já usei uma delas. Bem, em minha defesa, sempre posso usar a ideia de que na ocasião eu era intelectualmente menos afiado. Explica, não justifica, mas resolve o argumento por aqui. Discuti uma vez sobre isso, apenas, e ainda por cima via Facebook. Não sei se eu fui agressivo, embora lembre de ter sentido agressividade por parte do outro filósofo envolvido. Eu parei a discussão, ou ao menos de participar dela, quando o fato de eu estar no mestrado foi levantado como motivo para eu "saber mais" do que ele sobre semiótica. Na ocasião, fiquei irritado por dois motivos: a) eu aprendi o que falei sobre semiótica na mesma disciplina que meu debatedor também frequentou, pois fomos colegas de faculdade; b) a presunção de que meus estudos de cultura visual precisam necessariamente passar pela semiótica.
Permeando tudo isso, fica aquele gostinho de "bah, mas ainda não achamos uma ética absoluta". Continuo tentando me convencer de que isso é o melhor, essa variedade muitas vezes caóticas. Tenho arrepios frente a qualquer ideia mais absoluta. Exceto, talvez, as minhas. Heh.
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