quinta-feira, novembro 09, 2006

identidade

Hoje me perguntaram qual o estilo do meu blog. Foi uma boa pergunta, na verdade, porque eu não faço idéia de qual seja a 'cara' da raposa antropomórfica ^^... De alguma forma, é um espacinho de comentário sobre o mundo, minha pequena casa de abstrações.
de outro, ainda pretendo trazer para cá minhas incursões nos mundos da literatura, portanto este espaço tende a ser muito mais do que a minha visão sobre o mundo - e um portal de visão sobre mim -, alcançando o status de portal para o *meu* mundo.

Eu gosto disso, de separar o mundo em mundos, a verdade em verdades; tudo o que temos são diferentes visões de objetos diferentes. Nossa realidade é formada pela soma de todas as nossas experiências e impressões, portanto é complicado dizermos que algo é absoluto.
não me é de direito negar a existência de Deus para as outras pessoas, pois eu não vivo a vida dos outros. Eu gosto de me referir ao Grande Roteirista, que cria as histórias e as personagens que volteiam minhas peripécias. É uma visão agradável, quase bobinha. A grande diversão da coisa está em transformar a minha própria vida em uma obra de arte.
não minha, mas ainda artística.


xxxxx

Hoje eu fui na Feira do Livro. Sempre uma experiência agradável, comprei três livros.
O Senhor dos Anéis, A Sociedade do Anel - agora eu tenho a série completa e poderei reler... Muito me arrependo de ter emprestado meu primeiro volume anos atrás e nunca tê-lo cobrado com a persistência necessária para ter um item precioso devolvido. Agora my preciousss está de volta ao meu bolso e hobbit nenhum vai roubá-lo novamente.
Intermitências da Morte - a curiosidade de ter lido o Ensaio sobre a Cegueira me move, então, a comprar este título. Acredito que, como o livro que li antes, me renderá muito prazer e algumas reflexões. Gosto do estilo diferenciado do Saramago, acho que ele tem boas idéias e cacife para defender as revoluções linguísticas que ele prega em seus textos. C'est fabuleux!
As melhores histórias da mitologia egípcia - esse é, dos três, o que mais me assusta... Ano passado comprei As melhores histórias da mitologia nórdica e por pouco não me arrependi. Darei uma chance ao Egito, que pode me surpreender com um texto bem escrito e histórias que eu já não saiba. Confesso que só me deixei levar por conta do preço, daqueles que a gente não encontra em qualquer lugar.

e, que mal pergunte, quem deu o direito de escolherem "as melhores"? Puxa, nem perguntaram...

Se eu tivesse mais dinheiro para gastar na Feira (e tenho que me controlar, pois ainda tenho alguma reserva que pode ser muito bem torrada em livros - um gasto útil, eu diria), alguns livros precisam fazer parte da minha coleção e da minha cultura: Cem anos de Solidão, 1984 e Trainspotting são os que mais me fazem falta atualmente.
é engraçado, porque eu gosto de considerar quão cheio de cultura eu sou... E conversando com pessoas que estejam algum degrau acima da maioria eu percebo quantos caminhos eu ainda tenho que percorrer pra manter algum nível de arrogância. Chega a ser triste.
não só na literatura. Comentei hoje com um colega na volta para casa sobre o fato de eu considerar desenhos animados, filmes e quadrinhos arte tão digna de valor quanto literatura. Isso porque as considero formas maravilhosas - e alternativas - de contar histórias. São tantas ferramentas diferentes e estilos intrincados que se podem gerar a partir dos meios distintos de expressão que as possibilidades são godzillionárias.

Enfim, abstrações a parte, eu tenho que ler mais.
e voltar a escrever, também.
para esse fim, pelo menos, posso contar com a raposa antropomórfica ^^

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