segunda-feira, novembro 20, 2006

só dedilhando pra ver o que sai

Hoje foi uma segunda normal, dia friozinho, nada muito desagradável. Comecei o dia acordando mais tarde do que acordarei no resto da semana, já que hoje a aula começa só 10h30. Nada mais agradável depois de um final de domingo estressante.
aula de fotografia. Apesar de eu ser um escritor wanna be eu gosto muito de fotos, tirá-las especialmente. Contudo, se o nome da cadeira é Fotojornalismo, é isso que eu quero aprender, e não como fazer portfólios artísticos enrolados em papéis caríssimos, ok?
depois almocei com uns colegas, talvez eu tenha companhia na casa da praia, segunda quinzena de janeiro. A idéia é curtir o mar durante o dia e festear durante a noite, beber tudo que pudermos, rir tanto quanto conseguirmos e essas coisas que amigos devem fazer quando saem assim. Não sei, nunca fui o tipo de pessoa que faz isso...
voltei pra casa, li 28 páginas de um texto sobre a arte do ouvir e fui ao centro, dormindo no ônibus, assistir minha aula de alemão. Bem interessante, verbos separáveis... Ich kaufe gern ein ^^
pra variar, a volta no horário mais lotado foi cansativa... Fiquei entre dormir e não ter certeza se dormi, então não sei bem o que falar sobre ela, exceto que havia uma menininha loira de uns seis anos que tava torrano a paciência da mãe, pulando de um lado pro outro do corredor super cheio de pessoas.

Eu não estou de bom humor hoje. Curiosamente, também não estou de mal humor. Simplesmente estou, aquele estado de existência que não questiona, não aceita, simplesmente vai e vive.
não é normal eu estar assim, não é normal eu não duvidar da minha própria vontade de fazer as coisas. Talvez eu esteja querendo ser diferente de quem eu sou. Ou, talvez, eu esteja simplesmente não querendo ser eu at all. Complicado.

Estou ouvindo muito Sigur Ros hoje. São músicas que eu não entendo, já que são cantadas por uma banda islandesa e em qualquer idioma que não português, inglês, francês, alemão, espanhol, japonês, chinês, ou qualquer outro idioma que eu reconheceria ouvindo (apesar de mal falar um ou dois dos listados).
porém não é a letra que me toca, é a voz, a melodia, o conjunto. Tenho vontade de chorar ouvindo, e isso é muito bom. A música me toca, eu amo quando isso acontece.
isso é arte.
também tenhou ouvido Monochrome, do Yann Tiersen. Linda demais a música, ela é algo de "tudo bem, vou continuar simplesmente existindo" que encaixa perfeitamente no meu humor de hoje.
completando o trio (para a felicidade do Peirce), Solitaire, do Notwist. Triste, cansativo, revelador, maravilhoso. Meio como a vida ^^
(ãhn, que poeta essa raposa...)
na verdade, tá valendo qualquer música que me dê vontade de enfiar uma faca no peito e girar e girar e girar

Acho que vou parar de escrever por aqui... Estou abstraindo demais e já não sei mais o que falar, estou começando a confundir o real com meus sonhos. Ou meus sonhos estão começando a se confundir com a minha realidade.
devo estar louco.
só que, se eu estivesse louco, não o saberia justamente por estar louco, e a capacidade de reconhecer-se louco é propriedade apenas dos sãos.
logo, estou são.
mas os loucos não acreditam, do fundo de seu ser, que eles estão sãos enquanto o resto que está louco?
óh, maldito Ardil 22 (que nem li, mas mesmo assim cito me achando o máximo)!

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